Era noite de chuva. Mais um dia
exausto tinha se passado e eu tentava encontrar meu remédio. Não
havia barulho pelas ruas. Provavelmente as crianças já estavam
dormindo. Era a ocasião perfeita para descansar.
Mas não precisava ter pressa. Tudo
tinha seu tempo. Preparei o jantar com muito carinho, pus à mesa
meus melhores pratos e resolvi colocar o meu melhor vestido. O som da
chuva no telhado me dava a sensação de renascimento. Eu ansiava
pelo momento em que eu pudesse estar a sós com ele. E finalmente a
espera acabou.
Depois do jantar e do banho,
sentei-me no sofá com meu cobertor e meu copo de leite. Sem nada que
pudesse atrapalhar aquele momento encantador do meu dia. Então o
liguei. Eram as vozes, as recordações que eu mais precisava ouvir.
O locutor da saudade finalmente abriu os portões da emoção. Eu
agora estava feliz ouvindo meu rádio. Pouco me importava o mundo lá
fora, porque eu estava com aquilo que mais amava. Aquele velho objeto
que me trazia as lembranças boas que o tempo levou.
Antônia Aline da Silva dos
Santos
Curso Técnico em Logística
Olá Aline e a todos da EEEP, para mim é uma satisfação poder compartilhar tamanha minha felicidade, diante de palavras tão bem retratadas como você colocara em seu manuscrito. Parabéns,..
ResponderExcluirUm abraço fraterno,
Prof.: Cleginaldo Moreira